quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Cena IV

Ela esta distante
Alheia aos respectivos fatos
Deitada no quarto...
Seus olhos claros fixos no teto
Vêem algumas cenas, atos
Passados, outros imaginados
Daquilo que foi e poderia
Ter sido bom...
Aguarda...
Calma e esperançosa
a chegada do amado
Sua única companhia
Um relógio em forma de porta-retrato
Que parece lhe falar, lhe avisar
Tal qual as batidas de seu coração,
o prenúncio da despedida
Já são uma e trinta
Mas todo aviso não é em vão
Quando se faz surdo o coração?

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cena III

O arauto da sorte já havia decretado sua sina
Mas quem acredita em sorte ou destino?
Certamente os corajosos não,
pois, estes escrevem sua própria vida
e não aceitam de forma alguma
alguém ou algo que lhes domine o curso.
No entanto, este não era seu caso
Ele estava lá, na hora e local marcado
Para o encontro com seu inevitável fim
A onde a morte lhe viria ao encontro
De forma forte e aguda.
E mais triste que o fim
Seria o a forma como se daria!

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domingo, 3 de outubro de 2010

Cena II - Ato II

Aqui não existe cena
Nem cabe encenação
Aqui Ato II!
Realizado a dois!

Aqui a musa nua,
Incauta ou sabida.
Abre lasciva, suas pernas
E deixa lhe sorverem o mel

Sua mão apóia a nuca
Afaga e acaricia os cabelos
Daquele que a sede sacia
Dentro do seu ser!

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sábado, 4 de setembro de 2010

Cena II – Ato I

Cena dois acontece dentro de seus olhos.
Onde o brilho é intenso,
Onde a paz é tamanha
Que me vejo preso e sem vontade de sair

Cena dois acontece dentro de sua alma.
Onde um mundo de cenas se sucede.
E poucos são capazes de entender.
Eu me acomodo, e observo cada detalhe com prazer!

Cena dois sem muitos atores,
Somente eu e você, olhos nos olhos,
Almas entrelaçadas, varias cores...
Tons quentes, com matizes vermelhos...

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cena I

Tinha os olhos dilacerados
E a boca ressequida pela dor!
Já estava no vigésimo copo de wisky
E a insônia lhe perturbava a alma.

Estava em estado terminal o seu amor.
Mas ele ainda se apegava a meras lembranças
Tentando inutilmente reavivar as chamas
Que não passavam apenas de cinzas

A ironia lhe sorria com fartos dentes!
Podia-se ver cicatrizes por todas as partes de seu ego
Estava à beira do precipício
Faltava-lhe apenas uma ajuda, um simples empurrão...

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