domingo, 16 de fevereiro de 2014

Cena XXXV - No coletivo e na cama


(ele num calor insuportável, ela de roupas intimas)

Ele parado na fila do ponto final:
Ai que fria à noite sem ti!
Que mesmo a 40 graus
Minha alma se regela
Porque a falta de ti me causam estranhezas
E nas entranhas me sinto nulo
Apático...
E as lembranças me vêm como cachoeiras
Em quedas d’água

Quando te deixo
Já quero te ver
E conto, pontuo os dias
Falaaa! respiraaa!
Quero seu hálito

Ela na cama, temperatura 35º:
Hoje queria ver você
Mas não me atrevi a tentar.. imaginar.. supor

Ele dentro do coletivo:
Amanha será
Que há
De se ousar
De pensar
Em se estar???
Fala
Um ai
Um suspiro
Um gemido
Reprimido
Que mato em minha boca
Com um beijo mais comprimido...

Ela cotovelos sobre o colchão, pés pra fora da cama:
E achas mesmo que sou tonta?
Por quem me tomas homem?
Achas me, mesmo incapaz de sentir os mesmos desejos que tu sentes?
Oh...amado...
Que assim como todos se torna às vezes escravo dos deveres cotidianos...
Mas pior que reclamar é se conformar
Pois antes isso que uma masmorra...
Sombria...escura...medonha...e algumas vezes fria

Ele a 40 km/h:
Eu sei que jamais ti conformas
Pois se não
Não pegarias a própria espada
E penetraria em teu próprio ser
E sangras em gozo com o riso entre os lábios
E diz: sou vencedora!

Ela de bruços, fazendo carinhos em si mesma:
Pensando nessa espada me conformo com tais situações
Pois quero segura-la fortemente e ergue-la
Entre minhas mãos gritando eu venciiiiiii!
Humm... Pois eu aqui... Ja o chamava de ingratato...
Pois tua ausência me pareceram como dias jogados aos ventos
Teu silencio faz meu lindo coração chacoalhar

Ele descendo do coletivo caminha pela rua:
Que linda tu és
Por dentro e por fora
Olha que a aurora assobia
E logo e horas de acordar
Vou dormir o sono dos justos
Sonhar contigo e acordar
Um doce beijo para ti...

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