segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cena XXI


Hoje eu vi...
Um garoto correr
Para se despedir da mãe
Que entrava no coletivo.
Fiquei triste!
Não devia ser assim,
Ou devia? Ou é?
Não que seja machismo!
Mas o liberalismo
E independência feminina,
Mexeu nos alicerces.
E mais... O Capitalismo,
O exige e o cobra todos os dias
Tive uma nostalgia momentânea:
Lembrei de minha mãe...
Ali, a meu lado, em tempo integral,
Amiga e rival!
Dos jogos nas tardes, do filme
E da pipoca também
Que odiava acordar cedo,
Mas era (e, é) preciso!
As mães não deviam ser assim?
Quem ousou alterar as sagradas
Ordens das coisas?
Confuso!
Fiquei triste de minhas lembranças...
... e pela solidão do menino!
Fiquei feliz da oportunidade que tive
de sua companhia...
... e pela alegria do menino,
que no fim do mês, talvez
tenha um novo brinquedo ou roupa
Mas enfim!
Acho que somos, os dois,
Felizes e tristes!
Cada um a seu jeito
Em seu tempo...

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Cena XX


O Boêmio esta sentado à mesa
Não esta acompanhado...
Mas não esta só!
Ao seu lado estão idéias... Lembranças...
Sorri, um riso simples, quase infantil
O Boêmio aprecia um bom drink
De forma sensata.
Para não ter que fugir a norma
E ter que utilizar errata!
A solidão do Boêmio é aparente
Traz na mente uma vida que não mente!
Somente espera... Algum amigo chegar,
Para plantarem juntos,
A semente de um novo ideal

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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cena XIX – Parte II (auto biografia)


Rita, se irrita
com poucas coisas
Tem 40 anos
Diz na net que tem 30
Mas tem carinha de 35
(ainda bem!)
Rita é estilista
Tem dias que quer amar
E outros que quer só transar
Ela saiu dia destes, com um amigo da rede social
Não conseguiu amar,
Porque sobrou vontade,
Mas faltaram idéias
Teve um gozo aguado e sem graça
No entanto, pelo menos,
Uma história pra publicar em seu perfil
E alguém para ter de quem falar mal
A sua melhor amiga
E assim vai Rita,
Segue a vida, como se o intuito
Sempre esta rotina...
de viver a sina, assim...
de forma opaca e continua

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terça-feira, 17 de julho de 2012

Cena XIX – Parte I (auto biografia)

Meu nome é Felizberto
Tenho 40 anos de existência
Mas desde que me entendo por gente
Isso por volta dos 7 anos
Quando realmente fui inserido na sociedade
Então pelos meus cálculos... 40 – 7= 33
De fato tenho 33 anos de vida!
Então me acho relativamente jovem (risos)
Vou contar a vocês minha caminhada
Até este dramático final
Passei toda a minha infância
Encostado em meus colegas (risos)
Isso mesmo, não comprava lanches
E era o maior serrão (gargalhadas)
E assim iniciei minha bela carreira
Sempre dava um jeito de botarem meu nome
Em algum trabalho, assim me sobrava mais tempo
Para não fazer nada!
As provas... Eu as colava, todas!
E foi assim que não aprendi praticamente nada!
Fui por um bom tempo amigo da falsidade!
Naquele tempo eu ainda era muito ingênuo
Mas de fato aprendi muitas artimanhas com ela
Até que um dia ela me traiu, com meu melhor amigo
Sofri muito, mas isso já passou foi há muito tempo atrás

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terça-feira, 19 de junho de 2012

Cena XVIII


Morava no prédio Fortunato,
Apartamento 666 (era realmente uma besta)
Atendia pelo apelido de Feliz
De nome Felizberto, o infeliz...
Estava sentando no sofá, torpe,
Ressecado e ressentido!
Dono de todo um poder, não tinha nada.
Apenas uma conta poupuda com
Muito papel com valor estampado na face
E ele face a face com seu glorioso destino
Uma mulher que o odiava por esporte
Funcionários descontentes que falavam
Muito bem por suas costas!
Seu melhor amigo e sócio
Era o que melhor negociava
Para tira-lo do seu posto.
A cena um tanto quanto glotesca
Era realmente complicada
Indefinível como começo, meio ou fim...
Sua próxima atitude seria definitiva para tal!
Dada as circunstâncias, talvez até fatal.
Meteu a mão no avental
E sacou...

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cena XVII


Acordou cedo para tomar um banho!
Tomar um café quente.
E tarde demais para tomar
Vergonha na cara!
Imaginou ela...
Tomara que use um
Tomara que caia...
Saiu e tomou,
O primeiro ônibus que passou
Tomando o cuidado de ver
Se tinha lugar vago para se sentar
Ainda despretensiosamente pensou:
Tomara que ela esteja usando
Nos lábios carnudos um tom de amar!

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domingo, 18 de março de 2012

Cena XV - Ato II (decepção)

Teria tido sua melhor aventura sexual,
Se não fosse por um detalhe...
Ah! Os detalhes!
Assombram-nos!
Afugentam-nos!
Ninguém que o visse agora diria que estava ele antes no paraíso
Uma palavra mal colocada e fora lançado nas cornijas de Dantes
Nem teve tempo de digerir, ou curtir o sexo a pouco consumado
Sentia aquele entalo tal qual uma refeição presa na garganta
Precisava urgentemente de um gole, de um trago, para fazer descer aquele engasgo
Voltar para casa e encontrar seus velhos problemas a espera, somente aumentariam sua azia!
Tinha ânsias de ver algo mais!
Uma terceira opção quem sabe?...

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Cena XV (a espera)

Deixe-me tirar os sapatos
Tirar o casaco
Ficar a vontade
Deixe-me tomar um drink
Uma sobra que ficou em sua garrafa
Na mesa central da sala
Sento-me no seu sofá
Inclino a cabeça para trás
Ponho-me a pensar
Enquanto o relógio na parede
Sibilam as horas
O barulho do seu chuveiro
Interrompem meus pensamentos
Vislumbro cada gota a cair pelo seu corpo
Percorrerem suas partes nuas
De repente o silêncio
Você surge como uma aparição
Linda e bela
Enrolada na toalha
O sorriso rebelde
Não penso mais em nada!
A toalha ainda mais escandalosa
Decidiu se despedir de você
E correu em direção ao chão

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cena XIV (ligação)

Já descortina no horizonte um novo dia
Ela corre ao telefone com a lembrança fresca do dia anterior
Do outro lado da linha escuta um alô, ainda com muito sono.
Ela vai discorrendo sem piedade:
__Quero seus lábios...
__Teus beijos...
__Teus braços, mil abraços...
__Teus gemidos e ais!
Ela escuta do outro lado a respiração dele, ele responde:
__Vem agora amor
Ela continua, insaciável.
__Quero te encostar na parede...
__Tirar tua camisa e te arranhar todo
__Passar a língua no seu pescoço e descer pela tua barriga...
__A abrir suas calças,
__Quero sentar em teu colo e gemer no teu ouvido!
__Te dizer sussurrando: quero ser sua, quero você dentro de mim...
Ele já extasiado murmura:
__Quero sua boca sedenta e ardente
Ela
__Necessito teu suor, teu cheiro, teus carinhos!
Do outro lado da linha ele já não se agüenta mais, parecia um vulcão preste a explodir.
__Eu desejo todos estes seus anseio, mesmo que por algumas horas, nossa você é realmente especial. Como consegue transmutar um ato em palavras tórridas e fremidas? Vamos peça enquanto estou demasiado tonto.
De repente ele escuta o som do fim da ligação, fica por alguns segundos atônito e perdido, mas logo em seguida um leve sorriso toma seu rosto. Aquela interrupção repentina da ligação nada mais era que uma deixa para ele ir vê-la novamente e darem continuidade ao dia anterior.
Logo em seguida escuta seu celular despertar, hora de se arrumar para ir para o trabalho, no entanto, a imensa pilha de documentos que o aguardava em seu escritório ficariam solitárias no decorrer de todo o dia e mais uma vez se atrasariam todos os processos e despachos.
A escolha entre o racional e o irracional a primeira vista pode não ser certos, porém, caso provém o contrário, só se vive uma vez! E realmente existem momentos únicos, devemos vive-los intensamente, ou envelheceremos inutilmente junto com as pilhas de papéis que aos poucos vão tomando cor amarelada e cheiro de mofo!

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