domingo, 31 de janeiro de 2016

Cena XLVIII (obra de Arte)




A cama quente e aconchegante
Onde batem os corações latentes
Onde range a estrutura do móvel
E dos mesmos sobre ele...
Pura moldura!
Dos movimentos dos amantes
Que de dias carentes
Matam a ferro, fogo e suor
Seus desejos indecentes
E se acende a luz
Para ver as curvas da musa
E o falo em riste, do pintor
Apaga-se a luz
Para que na penumbra nua
Se poça o pintor terminar seu quadro
E de quatro, no quarto,
Depois de várias pinceladas
O artista em fim termina sua obra
Trocado então os finos lençóis,
O cavalete do pintor descansa friamente
Até que os arroubos e inspirações,
Tragam de volta o artista e a musa
Para um novo e belo retrato!

texto copyright©http://alchemist-projeto-alquimia.blogspot.com/
foto copyright http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/