sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Cena LXXVIII (epopeia)


Você é minha história
Com uma preliminar...
Um começo...
E um meio no meio do seu ser
Sem um fim!!!
Geralmente histórias tem um fim
Mais está sempre fugiu a todo tipo de regras
As regras são chatas
E declaramos de antes mão
Quando as mãos se perdiam aqui e ali
Isso ainda foi nas preliminares...
Que não existiriam regras
Apenas a fluidez incessante
Também não existirão cobrança
Pois para isso já existia o erário incansável
Que cansava por demais nossas contas bancárias
Queríamos apenas o céu, uma mesa, cadeiras e cerveja gelada
O relógio sempre tentou nos atrapalhar
Mais teimosos sempre retornávamos ao inicio
Como um looping infinito e harmonioso
E o fim???
Ah sim,
Todos temos ciência sobre o fim
Apenas não pensamos nisso
Que ele chegue um dia como um furacão
E nos tome tudo, até as roupas do corpo
Mais teimosos sorriremos
E de mãos dados partiremos para outro plano
Demonstrando a todos
Que o fim é somente para os que deixaram de acreditar...

imagem: sua imaginação

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Cena LXXVII (conexão)


Eu estou atrás da porta
Da porta de meu roteador
Fico ao redor observando sua tez
Esperando sua vez de me falar
Com palavras ou com o olhar
A conexão é uma sessão
Dura o tempo de se estar
A química à distância vivencia
Momentos de prazer ou de dor
Que as vezes guardamos em um HD
Ou em um pendrive ou na nuvem
Nuvens as vezes se dissipam e somem...
Por vezes abrimos os arquivos parar recordar
Em momentos de raiva deletamos sem pensar
Depois, mais tarde, arrependidos
Procuramos desesperadamente um programa
Para que este cálido arquivo, possamos recuperar
Temos a impressão de que nossa mente é gasta
E já não sabe mais estes processos operar
Mais é tudo uma profunda ilusão
Porque o que se guarda no coração
Bem guardado esta
Eu ainda te observo pelo vão da porta
Mais já é tarde e a lua sobe alto
Então fecho a porta
E sussurro um até logo...